Liebe zu Brasilien
See the English Translation further down. This is a text, I wrote for the BRAZIL CHINA PROJECT with fellow German artist Heike Hahn 2020
Sommer 1993 – das Telefon klingelte, Marianne Stüve, Vorsitzende der Ponte Cultura e. V. fragte, ob ich Interesse hätte im nächsten Jahr bei zwei Ausstellungen in Brasilien teilzunehmen. Ich überlegte eine Sekunde und sagte zu.
Unsere Gruppe bestand aus fünf Künstlerinnen, neben Marianne Stüve, Annette Blocher (die später doch nicht mitkommen konnte), Renate Gehrcke, Carola Dewor und mir. Erst stand ein 3-wöchiger Portugiesisch-Crashkurs auf dem Plan. Ende März 1994 saßen wir dann im Flugzeug nach Sao Paulo. Es war das erste Mal, dass ich für sieben Wochen verreiste.
Die erste Ausstellung fand im SESC POMPEIA, Sao Paulo, einer ehemaligen Eismaschinenfabrik, die in ein riesiges Kulturzentrum umfunktioniert wurde, statt. Einen Großteil der auszustellenden Werke hatten wir mitgebracht, einen weiteren Teil vor Ort dafür erst geschaffen.
Es folgte ein 2-wöchiger Workshop gemeinsam mit den brasilianischen Künstlerinnen Coca Rodrigues, Fernanda Amalfi, Leila de Sarquis, Liz Miller und Selma Daffré. Die Arbeiten wurden anschließend im MAC USP – Museo de Arte Contemporanea in Sao Paulo präsentiert.
Seitdem bin ich mit den Brasilianischen Künstlerinnen befreundet. In den folgenden 16 Jahren kamen weitere enge Freundschaften dazu.
Damals, Anfang Mai, aus Brasilien zurückgekehrt, hatte ich gelernt: Wie man einen Kulturschock verkraftet, wie man alleine in dieser, (damals) ungefähr 10 Millionen Stadt zurecht kommt, wie man trotz dem Anblick von Armut, Dreck, Gewalt und schlechter Luft, auch die schönen Dinge intensiver wahr nimmt, wie man Caipirinha mixt, wie man ruckzuck flexibel werden kann, wie man geduldig wartet, auch wenn die Verabredung eineinhalb Stunden zu spät kommt, wie man wildfremde Menschen zur Begrüßung umarmt und küsst und wie man Samba tanzt.
Brasilien, ganz klar: Da wollte ich unbedingt wieder hin!
Die meisten meiner Aufenthalte waren mit Arbeitsaufenthalten als Künstlerin verbunden, nur einmal besuchte ich als Tourist Rio de Janeiro, Minas Gerais und Bahia. Die Bundesstaaten Ceará und Pará kamen dann 2006 und 2017 dazu. Mein portugiesisch immer besser. Während der langen Zwangspause in den Jahren von 2007 bis 2016, waren dank meiner Freunde zumindest meine Werke in Brasilien präsent, unser Kontakt brach nie ab. Ich vermisste sie sehr. So lud ich Liz Miller, Selma Daffré und James Kudo ein mich in Vancouver zu besuchen. 2017 war ich wieder zurück in Brasilien und nahm mir vor, von nun an so oft wie möglich in mein Lieblingsland zurückzukehren.
About Stefani and her love affair with Brazil
Summer 1993 – the phone rang, Marianne Stüve, chairwoman of Ponte Cultura e.V. asked if I would be interested in participating in two exhibitions in Brazil next year. I pondered about it only for a second and said yes.
Our group consisted of five artists, Marianne Stüve, Annette Blocher (who later couldn’t come), Renate Gehrcke, Carola Dewor and me. First we did a 3-week crash course in Portuguese. At the end of March 1994 we were on the plane to São Paulo. It was the first time that I was away from home for seven weeks.
The first exhibition took place at the SESC POMPEIA, São Paulo, a former ice machine factory that had been converted into a huge cultural center. We had brought a large part of the works to be exhibited, and created a more on site for this purpose. During the exhibition we had a 2-week symposium with the Brazilian artists Coca Rodrigues, Fernanda Amalfi, Leila de Sarquis, Liz Miller e Selma Daffré. The works that resulted from this collaboration were then presented at the MAC USP – Museu de Arte Contemporânea de São Paulo.
Since then I’ve been friends with the Brazilian artists and in the following 26 years more close friendships followed.
Back at the beginning of May, when I returned from Brazil, I had learned:
- How to cope with a culture shock
- How to manage alone in this big city of (at that time) approximately 10 million people
- How to perceive intensely beautiful things despite the poverty, dirt, and violence
- How to mix caipirinha
- How to become in no time flexible
- How to wait patiently, even if the meeting starts one and a half hours late
- How to greet complete strangers with hugs and kisses and
- How to dance Samba.
Brazil, of course I really wanted to come back!
Most of my visits were linked to my work as an artist, I only once had a real holiday and visited Rio de Janeiro, Minas Gerais and Bahia. I travelled to the states of Ceará and Pará for the first time in 2006 and 2019. My Portuguese was getting better and better.
During the long break between 2007 and 2016, at least my work was thanks to my friends present in Brazil. Our contact never broke off and I missed them very much. Subsequently I invited Selma Daffré, James Kudo and Liz Miller to visit me in Vancouver. In 2017 I was back in Brazil and decided to return to my favorite country from now on as frequently as possible.
Sobre Stefani e seu caso de amor com o Brasil
Verão de 1993 – o telefone toca e Marianne Stüve, presidente da Ponte Cultura e.V. pergunta se eu teria interesse em participar de duas exposições no Brasil no próximo ano. Eu ponderei sobre isso apenas por um segundo, e disse que ‘sim’.
Nosso grupo consistia em cinco artistas alemãs, Marianne Stüve, Annette Blocher (que mais tarde não pôde vir), Renate Gehrcke, Carola Dewor e eu. Primeiro, fizemos um curso de português intensivo durante 3 semanas. No final de março de 1994 estávamos no avião para São Paulo. Foi a primeira vez que estive fora de casa por sete semanas.
A primeira exposição aconteceu no SESC POMPEIA, em São Paulo, antiga fábrica de máquinas de gelo que havia se transformado em um grande Centro Cultural. Havíamos trazido grande parte das obras para serem expostas, e criamos mais trabalhos no próprio local para esse fim. Durante a exposição tivemos um Simpósio de 2 semanas com artistas de São Paulo: Coca Rodrigues, Fernanda Amalfi, Leila de Sarquis, Liz Miller e Selma Daffré. Os trabalhos resultantes desta colaboração foram posteriormente apresentados no MAC, SP – Museu de Arte Contemporânea de São Paulo.
Desde então, permaneci amiga destas artistas brasileiras e, nos 26 anos subsequentes, mais amizades estreitas se seguiram.
Lá no início de maio daquele mesmo ano de 1994 quando voltei do Brasil, aprendi e me adaptei a lidar com diferenças no modo de pensar totalmente fora do meu mundo europeu como:
- enfrentar um choque cultural,
- como se virar sozinha nesta megalópole chamada São Paulo que, naquela época consistia de uma população de 10 milhões de pessoas;
- como perceber intensamente as coisas belas, apesar da visão de pobreza, sujeira e violência,
- como misturar caipirinha,
- como ser flexível em qualquer momento,
- como esperar pacientemente – mesmo que uma consulta agendada estivesse uma hora e meia atrasada,
- como cumprimentar completos estranhos com abraços e beijos e
- como dançar Samba…
Brasil, claro que queria muito voltar!
A maioria das minhas visitas retornando ao Brasil eram ligadas ao meu trabalho como artista. Tirei férias somente uma vez quando visitei Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Viajei também para os estados do Ceará e Pará pela primeira vez em 2006 e 2019. Meu português estava cada vez melhor.
Apesar da longa pausa de nove anos, entre os anos de 2007 a 2016, graças aos meus amigos no Brasil o meu trabalho sempre esteve presente naquele país. Nosso contato nunca foi interrompido e eu senti muito a falta deles.
Posteriormente, convidei os artistas Selma Daffré, James Kudo e Liz Miller para me visitar em Vancouver. Em 2017 estava de volta ao Brasil e desde então decidi voltar ao meu país favorito com a maior frequência possível.